Crise no Samu: Central de Curitiba gera atrasos e revolta no Litoral do Paraná

outubro 8, 2025 - 11:54
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Crise no Samu: Central de Curitiba gera atrasos e revolta no Litoral do Paraná

A mudança na regulação do Samu no Litoral do Paraná, em vigor desde o dia 1º de outubro, já provoca uma crise na saúde pública da região. As ligações feitas ao número 192 deixaram de ser atendidas por profissionais de Paranaguá e passaram a ser direcionadas para Curitiba — uma decisão tomada como forma de “reduzir custos”. O resultado, porém, tem sido o oposto da eficiência prometida: uma série de atrasos, falhas no atendimento e, segundo relatos, até mortes.

Logo no primeiro dia da mudança, uma pessoa morreu enquanto aguardava por uma ambulância. Ontem (6), um homem sofreu uma fratura no pé durante uma partida de futebol em Paranaguá e precisou esperar mais de uma hora para ser socorrido. Casos como esses estão se tornando cada vez mais frequentes, revelando o impacto direto da nova centralização no tempo de resposta e na qualidade do serviço.

Moradores relatam indignação e medo diante da situação. O sentimento é de abandono: a população do Litoral, que sempre contou com o Samu local, agora se vê sem garantias de um atendimento rápido — justamente em um serviço que existe para salvar vidas em minutos.

Profissionais do Samu, por sua vez, afirmam que são os menos culpados pela crise. A logística das cidades e bairros do Litoral é complexa e exige conhecimento local — algo que os atendentes baseados em Curitiba simplesmente não têm. Esse desconhecimento tem dificultado o envio de viaturas, aumentando o tempo de espera e colocando vidas em risco.

A tentativa de economizar pode estar custando caro demais. Em menos de uma semana, as reclamações se multiplicam e a confiança no sistema despenca. Enquanto isso, a pergunta que ecoa nas ruas de Paranaguá e das demais cidades litorâneas é uma só: quem vai responder pela demora que tem custado vidas?

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